Li no laudo da ressonância um cisto condral! E agora?

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Li no laudo da ressonância um cisto condral! E agora?

Muitas vezes, ao nos depararmos com um laudo de ressonância, encontramos a descrição: CISTO SUBCONDRAL ou CISTO CONDRAL.

Os cistos subcondrais são alterações na cartilagem secundárias à artrose, ou seja, ao desgaste articular.

A cartilagem consiste em uma superfície lisa, formada principalmente por matriz e por células denominadas condrócitos. A função da cartilagem é reduzir o atrito durante a movimentação articular a fim de evitar o desgaste.

Uma série de motivos, entre eles: idade, deformidades articulares, acidentes prévios, infecções, doenças reumatológicas entre outros, levam ao desgaste articular, que é a artrose. Ou seja: a artrose geralmente é a consequência de um problema, e não sua causa.

Quando existe uma lesão na superfície da cartilagem, o líquido sinovial (articular) pode ir criando uma espécie de erosão no osso, que é o cisto subondral, ou seja: o cisto subcondral NÃO possui origem neoplásica (tumoral).

Um dos principais locais em que o cisto subcondral se desenvolvem é no tornozelo. A lesão cartilaginosa que dá origem ao cisto subcondral do domo do tálus (primeiro osso do pé) geralmente tem origem em um entorse nesta articulação. A lesão pode ser realizada durante o trauma (agudamente) ou por atrito crônico gerado pela instabilidade (cronicamente).

O quadro clínico geralmente consiste em dor durante ou após atividades físicas, sendo associado ou não à sensação de instabilidade.

A radiografia pode demonstrar uma área radiolucente na porção superior do tálus, e a tomografia computadorizada pode demonstrar bem as dimensões da lesão.

O exame “padrão ouro”, no entanto, é a ressonância magnética, que pode demonstrar a própria cartilagem, a reação inflamatória no osso ao redor e a presença e profundidade dos cistos subcondrais. Existe uma classificação, descrita por Berndt & Harty, que divide as lesões em 4 estágios:

I – área de compressão no osso trabecular, sem fragmentos soltos.

II – fragmento no domo talar parcialmente solto

III – fragmento no domo talar totalmente solto, porém não deslocado

IV – fragmento no domo talar solto e deslocado.

Bom, por hoje é só.

Em breve falarei sobre o tratamento das lesões osteocondrais do tornozelo!

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fonte: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5091026/

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